Análise de competidores

Analisar a concorrência. Para quê? Para conhecer os padrões de reacção, para conhecermos a sua forma de abordagem do mercado, para conhecermos o seu portefólio de produtos ou serviços. Analisar a concorrência é hoje vital, não para os seguirmos, mas para conhecermos a nossa envolvente, para estarmos preparados contra qualquer impacto que uma acção da concorrência possa ter nos nossos resultados comerciais.

E como desenvolver uma análise à concorrência? Bem, de todas as metodologias possíveis, destaco hoje a do professor Paulo Cardoso do Amaral:
  1. Identificar pressupostos e estratégia aparente: compreender a estratégia actual dos concorrentes, medindo ao mesmo tempo o desempenho financeiro dos mesmos; assim, é possível identificar o padrão de competição, o que nos revela a atitude do concorrente face ao risco
  2. Identificar capacidades: listar os activos tangíveis e intangíveis, principalmente os intangíveis, pois estes são os mais difíceis de avaliar, mas é aqui que se encontra a política de I&D e a política de marketing, duas das forças mais desequilibradoras da empresa
  3. Listar capacidades disponíveis em cenários estratégicos: antever como cada cenário económico pode afectar as capacidades dos concorrentes; conjunturas diferentes resultam em activos tangíveis e intangíveis diferentes
  4. Identificar forças, fraquezas e competências: esta é uma fase de síntese; elaborando um quadro, listam-se todos os concorrentes, os seus activos e os diferentes cenários estratégicos; a análise das forças e fraquezas e das competências centrais de cada competidor é realizada para cada um dos diferentes cenários
  5. Identificar a dinâmica competitiva: é aqui que percebemos como é que cada concorrente pode debater-se num determinado cenário competitivo; os resultados aqui obtidos são de importância vital para o nosso negócio
  6. Produzir o briefing sobre cada competidor: aqui elabora-se um relatório que sintetiza toda a informação resultante dos anteriores passos.
A Análise de Competidores é uma ferramenta-chave na Gestão Estratégica, e espera-se com isto que a nossa empresa não seja apanhada desprevenida face a alterações na dinâmica competitiva dos nossos concorrentes. Mais do que a disponibilização de informação, esta análise deve ser encarada como uma forma de redução do risco perante cenários de incerteza.


Fonte: Amaral, Paulo Cardoso do, Top Secret: Como Proteger os Segredos da sua Empresa e Vigiar os Seus Concorrentes, Academia do Livro, 2008

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