Sistema Nacional de Inovação

A definição do que é um SNI teve lugar no final da década de 80 com os trabalhos de Freeman (1987) e de Lundvall (1985 e 1992). Basicamente, um SNI, pela definição de Freeman (1987), é uma rede de instituições dos sectores públicos e privados cujas actividades e interacções permitem desenvolver e difundir a utilização de novas tecnologias e a modificação de tecnologias já existentes. O SNI é assim um sistema de interacções entre vários agentes económicos, desde os Governos, as Universidades, os Institutos Públicos, as empresas e os cidadãos, entre outros, que permitem tornar uma ideia num produto ou serviço e lançá-lo para o mercado com sucesso.

O SNI enquadra-se dentro da categoria dos sistemas de inovação nos quais podemos encontrar ainda os Sistemas Regionais de Inovação (SRI), os Sistemas Locais de Inovação (SLI) e os Sistemas Tecnológicos de Inovação (STI). Desde o SNI até ao STI existe uma lógica de afunilamento desde toda a economia até às próprias empresas, passando pelos clusters tecnológicos.

Importa perceber que na nova era económica, as empresas que serão mais bem sucedidas serão aquelas com maior capacidade de inovação. Ora as nações que tiverem mais empresas inovadoras, terão em princípio também um melhor SNI. A criatividade é a base da invenção e a invenção é a base da inovação. É difícil um país poder ser inovador quando não é criativo. Por exemplo, um país sem liberdade de imprensa e de expressão, ou cujos habitantes são pouco qualificados, dificilmente poderá vingar numa Economia da Inovação.

Existem inúmeros condicionamentos à inovação numa dada economia, desde o número de habitantes formados nas áreas de Ciência e Tecnologia (C&T), o número de patentes registadas, a legislação aplicável, o Sistema de Ensino, os índices de confiança interpessoal, etc. Para uma nação manter a sua competitividade estratégica no mundo, importa apostar em inovação de high-vallue added, isto é, a inovação que pode alavancar o crescimento económico.

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