Horizon Scanning ou Environmental Scanning

Imagine que é um decisor de topo na sua organização. E tem de tomar uma decisão sobre manter o foco no seu negócio ou apostar na diversificação. Se por um lado uma estratégia de foco permite obter aumentos de eficiência (se bem aplicada), por outro, expõe a empresa aos perigos da envolvente externa do mercado, como a rivalidade da concorrência, a ameaça dos novos produtos substitutos ou simplesmente a ameaça da entrada de novos players. Não diversificar pode ser perigoso no longo prazo, mas também pode ser benéfico. Permitirá à empresa cingir-se à aprendizagem organizacional dentro da sua área, poupando recursos evitando a dispersão.

Mas se a empresa obtar por uma estratégia de diferenciação, apostando em novos mercados ou diferentes segmentos dentro da mesma indústria, está a tomar uma decisão sobre redistribuição de recursos, que pode não ser a mais eficiente no curto prazo. No entanto, entrar em novos mercados dilui o risco de negócio, para além de potenciar a aprendizagem organizacional e incrementar o volume de negócios proveniente de novas áreas.

Seja como for, quer a empresa tome a decisão de optar por se focar/especializar ou por apostar na diferenciação, a empresa deve estar muito bem documentada sobre o panorama externo do mercado, através da identificação de weak signals, tendências, mega-tendências e informação sobre concorrentes e as suas dinâmicas.

Através da realização de análises sistémicas, recorrendo a bases de dados para catalogar, organizar e aceder a informação estratégica sempre que necessário, as organizações estão actualmente a mudar a forma como encaram o recurso e a análise à sua envolvente externa.

O método de Horizon ou Environmental Scanning permite à organização colocar numa base de dados, informação proveniente de novas tecnologias, legislação ou dinâmica concorrencial que pode num futuro mais ou menos próximo colocar em causa a competitividade estratégica do seu negócio. O método de Horizon Scanning permite que um grupo de funcionários recolha activamente informação que num dado momento pode ser disponibilizada imediatamente à Gestão de Topo.

Nestas bases de dados, um decisor pode aceder às últimas informações sobre uma dada tecnologia, por exemplo, nos últimos seis meses. Ou então conhecer o histórico de informações sobre um seu concorrente para analisar uma tendência de dinâmica competitiva. Estas bases de dados são importantes pois facilitam o acesso imediato a informação importante, para além de obrigar a informação a processá-la, organizando-a previamente e arquivando-a. Para além do mais, a informação pode ser disponibilizada a vários departamentos ou áreas de negócio, mediante um esquema de permissão de acessos. Tudo, para que o suporte à tomada de decisão seja bem fundamentado, ajudando a organização a ser mais competitiva.

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