A competitividade em Portugal

Ao longo dos últimos posts, analisámos a performance competitiva dos vários países PALOP analisados no World Competitiveness Report do FEM. Portugal é o país PALOP com melhor nível de desenvolvimento económico neste ranking, mas o país não tem conseguido convergir com as economias mundiais mais desenvolvidas na última década. O rendimento per capita medido em PPP duplicou na última década, mas esse rendimento estagnou nos últimos anos, impossibilitando Portugal de crescer.


Portugal, apesar de ser o único país PALOP presente no estágio mais avançado das nações competitivas, o estágio da inovação, tem vários indicadores abaixo da média das nações desse escalão: as instituições, o ambiente macroeconómico, a educação superior e a formação profissional, a eficiência do mercado de bens, a eficiência do mercado laboral, o desenvolvimento do mercado financeiro, a sofisticação de negócio e a inovação, são os pilares onde o país apresenta pior classificação face à média.

Enquanto maiores restrições ao investimento privado, são apontados o acesso ao financiamento, as restritivas leis laborais e a ineficiente burocracia governamental. Portugal terá um longo caminho pela frente caso queira convergir com os seus parceiros mais desenvolvidos. Mas ao contrário dos outros PALOP, Portugal é hoje um país mais envelhecido, e esse envelhecimento populacional poderá condicionar a competitividade do país no médio prazo, mesmo com a aplicação das reformas necessárias. É necessário ter em atenção a componente demográfica do país, pois julgo que o aumento da produtividade (e se acontecer) não conseguirá compensar os encargos decorrentes com o aumento da população idosa.


Fonte: World Economic Forum. 2011. Global Competitiveness Report 2011-2012.

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