Crescimento médio anual do emprego em atividades de conhecimento intensivo (KIA) entre 2008 e 2010

A criação de emprego na Europa em actividades de conhecimento intensivo (KIA - Knowledge intensive ativities) tem enfrentado, desde 2008, um cenário de estagnação. Os dados disponibilizados pelo EUROSTAT, entre 2008 e 2010, mostram que a taxa média anual de criação de emprego nas KIA cresceu cerca de 0,5% na média da UE-27. Em Portugal, a taxa média anual de crescimento de emprego no período considerado, nas KIA, foi de - 0,6%, ou seja, destruímos emprego. Finlândia, Itália ou Holanda são também exemplos de algo grave que está a ocorrer na Europa e que está a destruir emprego nos sectores de conhecimento intensivo. O Luxemburgo é o país que lidera a lista com uma criação média anual de emprego com cerca de 6,7% de aumento nas KIA.


A destruição de emprego na área das KIA, ou pelo menos a estagnação da criação de emprego, é um sinal extremamente preocupante para a Europa no seu todo, pois aqui estamos a falar do espaço onde a União Europeia poderia ser altamente competitiva frente aos principais concorrentes mundiais, pois possuiu algumas das melhores universidades mundiais, vastos recursos altamente qualificados e uma elevada dose de vontade política para ser uma economia altamente inovadora e dinâmica. Se estamos a perder empregos nas actividades  de trabalho intensivo para os nossos concorrentes asiáticos, não perder emprego nas actividades de conhecimento intensivo trata-se de uma derradeira batalha que não podemos arriscar-nos a perder.


Bibliografia: Science, technology and innovation in Europe. Eurostat. 2012 edition.

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