#05: Excedentes orçamentais devem ser obrigatórios em toda a Administração Pública

Em Portugal existe uma ideia implementada há muito tempo que não tem sentido nenhum! Será possível conceber que ano após ano, a Administração Pública em Portugal registe défices consecutivos? Mas onde pode ser encarado com normalidade um país ser gerido com base no prejuízo permanente?

Esta situação é de tal forma inacreditável, que o cenário que temos vindo a enfrentar, ano após ano, e discurso atrás discurso, sustenta a aparente normalidade da coisa. Parece que os portugueses estão condenados, eternamente, a sustentar os défices do Estado. Hoje são os bancos, amanhã é o investimento público, no outro dia são os cortes nos impostos e no dia a seguir são os aumentos dos salários. As razões são mais do que muitas
, e até um antigo primeiro ministro afirmou que as "dívidas são feitas para não se pagar". A situação é inacreditável! Ninguém em Portugal, nem o Governo, pode ter o direito de gerir o país e o orçamento público e permitir a acumulação de dívida para o futuro. É inadmissível que o orçamento da Administração Pública esteja em situação de défice todos os anos.

Desde a implantação da segunda Republica, nunca existiu um ano em que o saldo global das contas públicas fosse positivo! Em que tenha sobrado apenas um euro face a todos os outros que foram gastos! E os portugueses, 40 anos após a chegada da nova Constituição, encaram ainda com normalidade a geração de défices e dívida? Mas é possível que nos possamos permitir a gerir com prejuízos constantes o nosso país?

Devia ser absolutamente proibido gerir um país com o orçamento a ser feito logo na base da premissa em que este ano ou no ano a seguir se irá gerar mais dívida. Gerir em prejuízo é proibido! Nenhum Governo deveria ser permitido continuar a gerir o destino do país a gerar dívida para o mesmo. Deveria ser proibido!

Os portugueses têm de exigir melhor para o seu país. A geração de excedentes é benéfica para o nosso futuro. A geração de excedentes orçamentais permite a acumulação de riqueza, não de dívida. A geração de excedentes permite acumular, para em anos menos bons podermos recorrer às nossas reservas e investir mais na recuperação da economia, no investimento público e na criação de postos de trabalho. Devemos exigir excedentes orçamentais e combater a geração de défices!

Portugal deve liderar pelo exemplo. E gerar excedentes é o exemplo. Combater défices e dívidas é o exemplo. Pelo futuro mais sustentável do país e pelo futuro das novas gerações.

Chega de acumular dívida. Está na hora de mudar a mentalidade do povo português e dizer basta! Basta de acumular défice e dívida! E está na hora de acumular riqueza.

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