Portugal enfrenta mais do que uma crise económica: enfrenta também uma grave crise demográfica. Os números são assustadores e traduzem o colapso demográfico do país a longo prazo, e com ele a ruptura do sistema de segurança social e colocará decisivamente em causa a capacidade de o país prosperar economicamente. Vejamos o gráfico abaixo:
Entre 1981 e 2011, o número de jovens residentes em Portugal caiu em mais de um milhão e duzentos mil residentes. Uma quebra de cerca de 36%! Apenas em 30 anos...
Mais ainda: a taxa de natalidade bruta, colapsou por completo: entre 1961 e 2011, isto é, nos últimos 50 anos, o número de nascimentos por cada 1000 habitantes em Portugal baixou em 62,3%.
Com o agravamento da crise económica, estaremos a falar possivelmente numa diminuição da população portuguesa a rondar os 40% já em 2050. É verdade que ainda faltam muitos anos até lá chegarmos, mas os efeitos fazem sentir-se desde já na sociedade portuguesa: o número de jovens matriculados no primeiro ciclo do ensino público português, caiu 50% nos últimos 30 anos e 40% nos últimos 20!
Os efeitos são crescentes: as maternidades começaram a ser as primeiras a encerrar devido à diminuição crescente de nascimentos. Já se fecharam escolas com menos de 10 alunos e depois com menos de 20 para se concentrarem os alunos e tentar-se salvar o emprego a milhares de professores. Agora são os próprios professores que já não têm mesmo hipótese e são confrontados com a diminuição de vagas na sua profissão. Dentro de uns anos que se seguirá? Encerramento de Universidades? Aldeias e vilas fantasmas em Portugal? Redução para metade dos efectivos militares e dos agentes de segurança? Este é um dos nossos maiores problemas, e infelizmente um dos menos discutidos em Portugal...
Fonte: Pordata
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