Já sabemos que cada vez mais as empresas procuram fontes de inovação externas à sua organização, nomeadamente os próprios clientes, fornecedores, concorrentes e universidades. Mas nem todas as empresas têm o mesmo perfil no que toca à sua atitude de procura por fontes externas. Isto porque, para muitas empresas, a principal questão não é saberem se devem ou não recorrer às fontes externas mas sim como devem recorrer às mesmas e como devem partilhar as recompensas daí extraídas.
Existem dois modelos base para as empresas que querem procurar fontes externas de inovação:
- Modelo "Explorador"
- Modelo "Farol"
No modelo "Explorador", a empresa está continuadamente à procura de novas ideias junto de diversas fontes externas. É a empresa que, principalmente, vai à procura das suas fontes externas. Isto acontece tipicamente em empresas que estão a iniciar os seus modelos de open innovation ou em empresas recentes no mercado, cuja sua reputação e notoriedade são ainda reduzidas.
No modelo "Farol" a empresa já tem uma grande notoriedade e reputação no mercado, e em vez de ser esta a dirigir-se às fontes externas, são as fontes externas que procuram a organização para exporem as suas inovações. Por exemplo, a conhecida Procter & Gamble segue o modelo "Farol", pois comunica ao seu público alvo (as suas possíveis fontes de inovação) a sua receptividade em adoptar todas as ideias com potencial de gerar inovações lucrativas. As empresas "Farol" são fundamentalmente empresas já estabelecidas no mercado.
Seja qual for o modelo adoptado, as empresas devem procurar fortalecer os seus ecossistemas, pois empresas que "habitam" em ecossistemas inovadores são empresas por norma mais resilientes. A Inovação Aberta permite aprofundar os laços de confiança existente entre a empresa e os seus parceiros, e recolher mais benefícios sustentados nas redes de cooperação industriais.
Bibliografia
Andrew, James and Harold Sirkin. 2006. Payback. Harvard Business School Press
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