Toda a organização quando decide analisar o futuro, seja com que objectivo for (por exemplo, desde antecipar surpresas estratégicas, encontrar blindspots, ou procurar novas oportunidades de negócio), deve centrar-se, para iniciar a sua análise, em torno de duas dimensões fundamentais:
- O foco estratégico
- O horizonte temporal
Na maior parte das vezes, o trabalho da prospectiva estratégica está condicionado pela definição clara e precisa destes dois elementos. Uma incorrecta ou insuficiente definição destes dois elementos, pode inviabilizar ou tornar improdutivo o trabalho do futurista nas organizações. Mas vamos por partes.
O foco estratégico permite a uma organização incidir a sua investigação e análise em torno daquilo que é mesmo relevante ser discutido. Por norma, os focos estratégicos dividem-se em torno de um funil, em que da extremidade mais estreita até à mais ampla, temos respectivamente a divisão do foco em duas classes: a específica e a ampla. Estas duas classes compreendem o que os futuristas apelidam por “amplitude temática”, isto é, o grau de abrangência do foco ao longo de um eixo micro-macro.
O foco específico é um foco relacionado com um tema muito bem definido. Se olhássemos para um puzzle, imaginaríamos o foco específico como uma peça desse mesmo puzzle (estamos então a falar do âmbito micro). O foco estratégico amplo é um foco de âmbito macro (ou seja, é o puzzle no seu todo).
Para melhor entendermos, se pensarmos o problema da competitividade económica portuguesa no seu todo, então estamos perante um foco macro (ou segundo alguns autores, um foco holístico, por abarcar toda a sociedade). Se por outro lado pensarmos no sistema de pensões para as pessoas com algum tipo de deficiência, então estamos perante um foco micro.
Para além da definição criteriosa do foco estratégico, o futurista deve também preocupar-se em definir o horizonte temporal. Por exemplo, se decidir analisar a competitividade económica portuguesa em 2012, estamos perante um horizonte temporal próximo, cuja análise será caracterizada pro ser rigorosa e pormenorizada. Mas se decidir incidir sobre o mesmo foco mas apenas contemplando um cenário no ano 2050, estaremos perante um horizonte temporal distante, que por norma é difuso e de âmbito mais geral.
No fundo, o horizonte temporal permite adequar o estudo do foco ao contexto temporal em que este se insere. Existem casos, em que é necessário perceber o ciclo de vida do produto e do mercado antes de definir o horizonte temporal. Por exemplo, na indústria farmacêutica, o ciclo de vida de um produto é por norma de 25 anos. Logo, não faz sentido traçar horizontes temporais a menos de 25 anos do tempo presente, pois o ritmo de renovação tecnológica e científica é lento. O mesmo exemplo se pode aplicar à indústria da energia baseada nos combustíveis fósseis. Mas no âmbito da indústria da electrónica de consumo, onde um ciclo de vida de um produto chega a ser de 3 meses, faz sentido traçar horizontes temporais no máximo a 10 anos. Basta pensarmos que a segunda geração de telemóveis não durou mais de uma década no mercado.
O foco estratégico permite a uma organização incidir a sua investigação e análise em torno daquilo que é mesmo relevante ser discutido. Por norma, os focos estratégicos dividem-se em torno de um funil, em que da extremidade mais estreita até à mais ampla, temos respectivamente a divisão do foco em duas classes: a específica e a ampla. Estas duas classes compreendem o que os futuristas apelidam por “amplitude temática”, isto é, o grau de abrangência do foco ao longo de um eixo micro-macro.
O foco específico é um foco relacionado com um tema muito bem definido. Se olhássemos para um puzzle, imaginaríamos o foco específico como uma peça desse mesmo puzzle (estamos então a falar do âmbito micro). O foco estratégico amplo é um foco de âmbito macro (ou seja, é o puzzle no seu todo).
Para melhor entendermos, se pensarmos o problema da competitividade económica portuguesa no seu todo, então estamos perante um foco macro (ou segundo alguns autores, um foco holístico, por abarcar toda a sociedade). Se por outro lado pensarmos no sistema de pensões para as pessoas com algum tipo de deficiência, então estamos perante um foco micro.
Para além da definição criteriosa do foco estratégico, o futurista deve também preocupar-se em definir o horizonte temporal. Por exemplo, se decidir analisar a competitividade económica portuguesa em 2012, estamos perante um horizonte temporal próximo, cuja análise será caracterizada pro ser rigorosa e pormenorizada. Mas se decidir incidir sobre o mesmo foco mas apenas contemplando um cenário no ano 2050, estaremos perante um horizonte temporal distante, que por norma é difuso e de âmbito mais geral.
No fundo, o horizonte temporal permite adequar o estudo do foco ao contexto temporal em que este se insere. Existem casos, em que é necessário perceber o ciclo de vida do produto e do mercado antes de definir o horizonte temporal. Por exemplo, na indústria farmacêutica, o ciclo de vida de um produto é por norma de 25 anos. Logo, não faz sentido traçar horizontes temporais a menos de 25 anos do tempo presente, pois o ritmo de renovação tecnológica e científica é lento. O mesmo exemplo se pode aplicar à indústria da energia baseada nos combustíveis fósseis. Mas no âmbito da indústria da electrónica de consumo, onde um ciclo de vida de um produto chega a ser de 3 meses, faz sentido traçar horizontes temporais no máximo a 10 anos. Basta pensarmos que a segunda geração de telemóveis não durou mais de uma década no mercado.
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