Timor-Leste tem conhecido uma história de sucesso nos últimos anos. Desde a sua independência, que tem visto o seu PIB per capita, medido em PPP, aumentar de forma sustentada. No entanto, Timor-Leste está a divergir de outras sociedades sul-asiáticas, pois estas têm apresentado um crescimento mais rápido, o que pode traduzir-se num menor aproveitamento dos recursos disponíveis por parte de Timor-Leste ou de políticas públicas incapazes de potencias o crescimento da mesma forma que as restantes economias vizinhas.
É que se atentarmos na análise aos doze pilares da competitividade, verificamos que em nove deles Timor-Leste apresenta uma performance abaixo dos seus pares do estágio inicial de desenvolvimento. Infraestruturas, Saúde e educação primária, educação superior e formação profissional, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, dimensão do mercado, sofisticação do negócio, inovação e instituições são os nove pilares onde Timor-Leste apresenta maiores dificuldades face à performance obtida pelos seus pares. Já no ambiente macroeconómico, o país supera claramente a média.
Os três principais pontos negativos que constituem entraves ao investimento privado são: as fracas infraestruturas, a excessiva burocracia e a corrupção. Timor-Leste tem ainda um longo caminho para progredir. Com as políticas adequadas de suporte à competitividade do país, Timor-Leste terá certamente um futuro radioso pela sua frente. A modernização administrativa do país assente numa melhor eficiência a par de uma melhor escolarização da população, serão duas traves mestras para o desenvolvimento do país. A redução da burocracia e da corrupção servirão também para incrementar o investimento privado, que só trará benefícios à sociedade com uma maior criação de emprego e melhor distribuição da riqueza.Fonte: World Economic Forum. 2011. Global Competitiveness Report 2011-2012.
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