A economia espanhola está a atravessar um período conturbado. Seria necessário uma análise mais detalhada para compreender os entraves à competitividade deste país. Mas em jeito de síntese e de retrato à economia espanhola, é aqui deixado um quadro com projecções do FMI até 2015. Segundo a instituição, o PIB espanhol irá decrescer em 2012 e 2013 voltando a crescer em 2014. É esperado a diminuição do desemprego já em 2013 face a 2012, e é esperada uma melhoria muito significativa dos três saldos: o global, o primário e o estrutural. Em 2014, as projecções apontam para a obtenção de um saldo primário positivo. No entanto, a dívida da administração central atinge o seu máximo em 2015, e a desaceleração da inflação apontada para 2014, só pode ser encarada como ultra optimista, pois em período de crescimento económico e com a diminuição do desemprego, é esperado um aumento do poder de compra relativamente a 2013, pelo que a inflação deveria até subir.
As projecções do FMI até poderão ser excessivamente optimistas, mas há um dado a retirar que nos diz que em dois anos, a dívida da administração central espanhola saltará dos 68,5% do PIB para os 94,3%. Um aumento de 25 pontos percentuais que causará grandes transtornos à política orçamental com o aumento dos encargos relacionados com o serviço da dívida. Estarão as projecções para o crescimento espanhol erradas?
Fonte: FMI
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