Normalmente, os países mais competitivos vêm o seu esforço nacional ou intensidade em I&D (despesas em I&D medidas em percentagem do PIB) ser financiado em grande medida pelo sector privado. Sempre que o sector privado se assume como o principal financiador de I&D, isto quer dizer que o tecido empresarial está orientado para uma política de inovação que o obrigue a competir em sectores de maior concorrência, tanto local como internacional, e que vê na inovação uma oportunidade de se diferenciar e de competir por outro factor que não o preço.
Alguns dos países mais competitivos do mundo, como a Finlândia, o Japão, a Coreia do Sul ou os EUA têm nas empresas a principal fonte de financiamento do seu esforço nacional de I&D. No Japão, a percentagem de despesa em I&D financiada pelo sector privado é de quase 80%. Em Portugal essa percentagem é de apenas 45%, o que indica que temos metade da performance relativa do Japão. Grande parte da despesa em I&D portuguesa provêm das Universidades, que nem sempre estão vocacionadas para o tecido produtivo ou alinhadas com as políticas de crescimento económico. O ajustamento entre sector privado e sector público será realizado apenas com tempo, à medida que as nossas empresas se tornarem mais internacionais e competitivas.
Bibliografia: Science, Technology and innovation in Europe. Eurostat. 2012 edition.
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