Percentagem de investigadores em I&D repartidos entre sector privado, público, universidades e sector social em 2010
Apesar de Portugal ter sido o país da Europa que mais viu crescer o seu número de investigadores, e de ser um dos países da União Europeia com mais investigadores em I&D empregues em termos relativos na sua população activa, o nosso país continua muito dependente do sector público para empregar estes profissionais e garantir o "sucesso" da sua política de ciência e tecnologia. Portugal é dos países da OCDE onde o sector privado (a amarelo no gráfico) menos absorve investigadores em I&D: apenas cerca de 22%. A percentagem da UE-27 é de cerca de 45% (a laranja, no gráfico), sensivelmente o dobro da portuguesa. Na UE-27, as Universidades absorvem cerca de 40% dos investigadores em I&D. Em Portugal, essa percentagem é superior a 50%.
Se compararmos o nosso país aos líderes mundiais, verificamos que na Finlândia cerca de 57% dos investigadores estão no sector privado, e na Coreia do Sul e no Japão essa percentagem sobe para cerca de 75%. Ainda existe outro dado relevante: enquanto em Portugal, 30% dos investigadores que trabalham no sector privado estão no sector industrial e os outros 70% estão nos serviços ou na construção, na Finlândia cerca de 75% dos investigadores do privado estão no sector industrial, que é aquele onde os ganhos de produtividade são superiores em termos marginais e cujo potencial de exportação é superior.
Bibliografia: Science, Technology and innovation in Europe. Eurostat. 2012 edition.
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