Os dados são da UNESCO e do Banco Mundial e referem-se a todos os países da OCDE: em 2009, Portugal era um dos países onde existiam menos alunos para cada professor, no primeiro e segundo ciclos do ensino básico, pouco mais de 11 alunos por docente, um número que contrasta com os cerca de 14 alunos/docente nos EUA, 16 alunos/docente da Irlanda e 18 alunos/docente no Reino Unido. Abaixo de nós, encontramos dois países nórdicos (Suécia e Dinamarca) mas também dois países do sul europeu (Itália e Grécia).
Acima de tudo, este conjunto de dados indica-nos a capacidade instalada no sistema. Não procura evidenciar qual o número ideal de alunos por docente, logo, este gráfico só por si não evidencia nenhum aspecto qualitativo do sistema. Existem casos, como a Coreia do Sul, que apresentando um dos números mais elevados de alunos por docente entre os países da OCDE (cerca de 22,5), é também um dos países que regista melhor performance nos indicadores de PISA. Suécia e Dinamarca, que têm dois dos rácios mais baixos da OCDE, também têm excelentes performances nos indicadores de PISA. No entanto, ter poucos alunos por docente significa um maior custo de investimento no sistema. E em tempos de crise económica, o ideal é procurar uma melhor afectação de recursos, tentando uma melhor gestão dos dinheiros públicos, e procurando não deteriorar a qualidade do ensino, que em grande parte depende da acção do professor.
Legenda:
1) Dados de 2008
2) Dados de 2007
3) Dados de 2001
4) Dados de 2000
Fonte: UNESCO e Banco Mundial
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