
- a maioria dos Estados Membros já aderiu à mesma política monetária, mas mantém-se um conjunto de Estados que não o desejam ou não querem perder a sua independência monetária;
- existem de facto europeus de primeira e europeus de segunda. A União Europeia mantém uma fragmentação severa da desigualdade económica entre Estados Membros. Não é capaz de fixar um compromisso sério para a fixação de um salário mínimo europeu, ou regras iguais para a instituição de um quadro comum para o desenvolvimento do Estado Social Europeu. Os Europeus, ainda hoje, têm regimes de férias diferentes, salários diferentes, subsídios de desemprego diferentes, com durações diferentes, reformas ou pensões diferentes e idades de reforma diferentes. O regime fiscal é diferente de país para país, seja para empresas, para cidadãos ou para o consumo. As diferenças são tantas que hoje, os europeus dos países menos desenvolvidos são muitas vezes forçados a emigrar para os países mais prósperos;
- A União Europeia ainda hoje, obriga aos países que tenham aderido à moeda comum, a lidarem de forma austera com os seus problemas, sem a possibilidade de reforçarem a sua competitividade pela maior atratividade do financiamento bancário. As empresas europeias continuam a financiar-se a taxas e spreads diferentes, muito por culpa da ainda não aplicada União Bancária.
É urgente o desenvolvimento de políticas que aproximem os Europeus. Que constituam o verdadeiro mercado único. Regras iguais entre Estados Membros, e igual valorização social e económica entre os cidadãos dos diferentes países. A igualdade deve ser um objetivo que apaixone os europeus. Nós já competimos com o resto do mundo. Que o possamos fazer unidos, e iguais! Com os mesmos salários, com a mesma justiça, com o mesmo regime de saúde, com o mesmo estado de desenvolvimento da educação, com o mesmo Estado Social. A União faz a força. Mas só se existir verdadeira União.
Comentários