Portugal necessita de uma visão estratégica para alinhar todos os seus recursos em prol de um desígnio. Um desígnio que mobilize a sua sociedade, mobilização essa
que possa ser suportada numa Agenda de Transformação Estratégica.
Portugal não pode nem deve resignar-se em continuar a ser um dos países mais pobres e com menor poder de compra dentro da União Europeia. Ano após ano, Portugal continua a afastar-se do seu desígnio proposto pelos nossos Reis da primeira e segunda dinastia: tornar o país independente e próspero, modernizar o país e abraça-lo de ambição.
Portugal precisa de ambição e visão. Precisa de crescer de forma sustentável. Precisa de apostar no progresso para se tornar próspero. Portugal precisa de se esforçar muito para ser o país mais inovador e próspero do mundo!
No século XII, D. Afonso Henriques sonhou em fundar um país independente. Conseguiu-o. Com esforço, é certo, mas a visão dele foi implementada. Os Reis da nossa primeira dinastia conseguiram, Rei após Rei, apostar na modernização do nosso país. D. Afonso III fundou a nossa marinha mercante. D. Dinis lançou a primeira universidade em Portugal. D. Fernando implementou a companhia das Naus. E com a segunda dinastia portuguesa, D. João I lançou-se na expansão além-mar, tendo conquistado Ceuta, em 1415, embarcando as tropas portuguesas em mais de 200 navios da marinha portuguesa. E aí começou a história que todos conhecemos.
Portugal teve ambição no passado e perdeu-a. É altura de a recuperar. É altura de prosseguir com a nossa história e o nosso desígnio. Portugal deve voltar a reerguer-se e cumprir com o seu destino, tornando-se a nação mais inovadora e próspera do mundo.
Como começar? Portugal deve libertar-se da dependência total da utilização dos combustíveis fósseis para produzir eletricidade. Toda a eletricidade utilizada em Portugal deve ser produzida a partir de fontes de energias renováveis. O Governo deve criar em Portugal o primeiro mercado mundial 100% elétrico. Até os automóveis deverão, tendencialmente, abandonar a utilização dos combustíveis fósseis.
Mais: Portugal deve liderar, no mundo, os hubs da saúde e da tecnologia de informação e comunicação. Portugal deve concentrar-se em ser o centro de inovação mundial não apenas para a área da energia, mas para a área da saúde humana e tecnologia de informação e comunicação. São três áreas que tocam todos os países do mundo, são três áreas que tocam todas as populações neste mundo. E são três áreas transaccionáveis, de conhecimento intensivo e que podem e devem contribuir para a nossa prosperidade nacional.
Finalmente: Portugal necessita concentrar-se na exploração aeroespacial. Se o nosso passado foi no mar, o nosso futuro estará nos céus. Ano após ano, deveríamos fortalecer a construção em Portugal do cluster da exploração espacial. Portugal deverá liderar a humanidade pelo seu exemplo de progresso, e a navegação espacial representa a última grande fronteira para a humanidade, e é também aquela será capaz de unir toda a humanidade em torno de um desígnio comum.
Este post representa a minha opinião. E apenas a minha opinião. Acredito, profundamente, que Portugal deve liderar a revolução energética, tecnológica e da saúde no mundo. São talvez as três melhores áreas por onde poderemos começar, utilizando baixo investimento e beneficiando dos tamanhos efeitos de escala. Mas apesar de ser muito mais difícil a Portugal lançar-se na corrida espacial, acredito que deverá também trabalhar, na construção do cluster da exploração espacial. O progresso faz-se com conhecimento, ação. boa execução e bons resultados. Esse é o nosso caminho. Tornar Portugal o país mais inovador e próspero do mundo!
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